21/12/2001 Filho de desembargador passa para segurança do TJDF e é promovido a dentista O nome de Bruno Minervino apareceu em 10 de agosto no Diário Oficial. Era um dos 70 aprovados no concurso para segurança do Tribunal de Justiça (TJ) do Distrito Federal. Ele passou em 65º. Dentista, com mestrado em ortodontia, certamente estava bem preparado para o concurso de seleção que só exigia o segundo grau completo. Doze dias depois, o nome do dentista voltou ao Diário Oficial. Com menos de duas semanas de serviço, passou a receber a mais alta gratificação do tribunal. O salário saltou de R$ 1.300 para R$ 6.600. No lugar de montar guarda na portaria, foi designado para o gabinete odontológico. Bruno conhecia bem a casa. É filho do desembargador Edmundo Minervino, presidente do TJ.
A designação do ortodentista foi possível com a mudança das regras do concurso em meio à seleção. O edital previa o preenchimento de 12 vagas para as áreas de ''segurança e transporte''. Depois, a cota aumentou, com remanejamento de 58 vagas de outras áreas. Bruno figurou entre os beneficiados. O secretário-geral do fórum, Leodito Faria, garante que a decisão foi técnica. ''Cancelamos o contrato com a empresa particular que fazia a segurança do tribunal'', diz. A alteração acabou ajudando outro concursado de sobrenome ilustre. Dimitrius Costa Leite, filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Costa Leite, era o 55° da fila de aprovados e acabou nomeado. Formado em Comunicação Social, Dimitrius já ocupava cargo no Judiciário. Desde abril de 1998, é ''depositário público'' no fórum de Planaltina, cidade a 45km de Brasília. A função lhe garante R$ 4.300 líquidos por mês. |