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Lenda
George Turklebaum, uma tragédia americana

George Turklebaum

Uma das versões dessa lenda contém a interessante moral da história:

Não trabalhe demais. Ninguém nota mesmo...

E finaliza recomendando às pessoas para dar uma balançada na cabeça dos seus colegas de trabalho de vez em quando para terem certeza de que eles estão vivos.

Resumo da novela, quer dizer, da história: zeloso revisor, traduzido na versão brasileira como verificador de texto, de uma editora de Nova Iorque morreu numa segunda-feira em sua própria mesa de trabalho e somente no sábado seguinte se descobriu que ele estava morto.

Cinco dias depois...

Uma das primeiras questões a se levantar quanto à veracidade dessa história é o fato de ninguém do escritório, nenhum dos 23 colegas, haver percebido o colega parado, sem se mexer, sem mudar de posição, sem levantar da cadeira desde a segunda até a sexta feira. Vale lembrar que o ambiente de trabalho é descrito na mensagem como "andar aberto, sem divisórias".

Outra questão: nenhum dos 23 colegas sentiu o mau cheiro exalado do cadáver. Talvez não no dia seguinte, mas, certamente, a partir do terceiro dia, quarta-feira, o corpo já emitiria os odores da decomposição.

Tem mais: em que posição o cadáver ficou na cadeira de modo a não ser percebido pelos colegas?

Foi graças a essa lenda que o diligente revisor George Turklebaum (trinta anos na mesma função!) ficou famoso. Após a morte, é verdade. Mas nem tudo é perfeito...

No Fast AlltheWeb, ele aparece 525 vezes e no Google ele retorna 541 resultados. Isso em 2002.

Em julho de 2010, o Google retorna "Aproximadamente 72.200 resultados." O AlltheWeb.com retorna 1.410 resultados.

É bem verdade que ele não existiu em vida, mas isso é um mero detalhe, pois ele e as circunstâncias de sua morte foram objeto de reflexões em muitos idiomas e sob variados enfoques.

Qualidade de vida no trabalho, relacionamento frio e distante entre colegas, sociabilidade, capitalismo selvagem, indiferença, falta de comunicação, relações humanas no trabalho e muito mais coisa associada à administração de recursos humanos foi analisada por especialistas e curiosos no assunto. Ou o contrário: curiosos e especialistas no assunto.

Uma de nossas colaboradoras lembrou mais um aspecto interessante: "...o quanto o George Turklebaum era improdutivo e com o aval do chefe, uma vez que mesmo o chefe sabendo que Mr. Turklebaum era o primeiro a chegar ao trabalho, nos cinco dias em que ele esteve morto, sem ser percebido pelos colegas, não houve produção, mas o chefe não o percebeu. Eu despediria um chefe desse se fosse na minha empresa."

O famoso Turklebaum, o homem que nunca existiu, foi objeto, até mesmo de comentários de ordem religiosa. Página de igreja comenta a história e finaliza dizendo: "Jesus vê e cuida de você", mesmo que seus colegas de trabalho não lhe dêem a mínima. (Faça o melhor, Weekend message)

Foi na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, símbolos do capitalismo selvagem e da exploração do homem pelo homem (há um regime político que dizem ser exatamente o contrário :) que um pobre trabalhador morreu em sua mesa de trabalho e ninguém percebeu. Pra muita gente, isso é o bastante para dar credibilidade à história.

Os jornais norte-americanos não levaram muito a sério esse "acidente de trabalho", mas jornais ingleses divulgaram como verdadeira essa incrível história: The Guardian (15/12/2000), Planet Tabloid (12/01/ 2001), The Times (24/01/2001), Birmingham Sunday Mercury (07/01/2001).

O saite BBC Brasil publica notícia sobre caso semelhante que teria acontecido na Finlândia. Veja Finlandês morre no trabalho e colegas só notam dois dias depois.

Jamais existiu um Mr. Turklebaum morto nessas circunstâncias.

Tudo não passou de invenção de mente desocupada para iludir os crédulos (e pra ajudar a gente ocupar esta página :))


O texto circula pela Internet em vários idiomas: inglês, francês, castellano, italiano.

Conclusão: ao ler uma mensagem ou qualquer outra coisa - livro, jornal, revista, página da web - faça uma análise crítica do conteúdo dela.

Veja se as afirmações são coerentes e se o acontecimento descrito é plausível.

Verifique se a história apresenta algum fundamento, preste atenção aos detalhes.

Procure outras fontes, confronte opiniões diferentes e tire as suas próprias conclusões. A dúvida persiste? Então pesquise um pouco mais.

Os leitores comentam.

Mensagem original.

TRABALHADOR MORTO NA MESA DE TRABALHO HÁ 5 DIAS

Os gerentes de uma editora estão tentando descobrir por que ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há CINCO DIAS antes que alguém perguntasse se ele estava bem.

George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como verificador de texto em uma firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (andar aberto, sem divisórias) com outros 23 funcionários.

Ele morreu suavemente na segunda-feira, mas ninguém notou até o sábado seguinte pela manhã quando um funcionário da limpeza o questionou por que ainda estava trabalhando no final de semana.

Seu chefe, Elliot Wachiaski disse: "O George era sempre o primeiro cara a chegar todo dia e o ultimo a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. "Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e o fazia muito sozinho."

A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias depois de um ataque cardíaco. Ironicamente, George estava verificando os manuscritos de um livro médico quando morreu.

Sugestão: De vez em quando balance a cabeça dos seus colegas de trabalho. (Tenha a certeza de que eles estão vivos!)

Moral da história: Não trabalhe demais. Ninguém nota mesmo...

 

Versão de agosto de 2011.

date Mon, Aug 22, 2011 at 3:05 PM

Homem morto 'trabalha' por uma semana

(New York Times)
Os Gerentes de uma Editora estão tentando descobrir porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há CINCO DIAS. George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como Verificador de Texto numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 colegas. Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana. O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: 'O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho.'

A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.

SUGESTÃO: De vez em quando acene para os seus colegas de trabalho. Certifique-se de que eles estão vivos e mostre que você também está!

MORAL DA HISTÓRIA: Não trabalhe demais. Ninguém nota mesmo...



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